quinta-feira, maio 28

Dedilhando o vidro empoeirado e escutando o sabor do tempo passar moleque entre as frestas da vida, ela seguiu o corredor.

O som passou de uma valsa alemã para estridentes grunhidos vindos de diversos instrumentos, ao mesmo tempo, numa desordem, num caos (calculado).

Paredes paredes tijolos paredes, impacto. Cabelos esvoaçantes, cabeças esvoaçantes, braços, pernas, olhos.

Um clarão. Sonhos desfeitos, “não mais que perfeitos”. E tudo se vai, tudo se foi.

Tente acompanhar o ritmo da ventania ou do bater de asas da bonita borboleta. Ou morra.

“Threnody for the Victims of Hiroshima” by Penderecki

Um comentário:

  1. sempre humilhando. Meu nome fica como 'Chika' nos comentários e eu odeio isso. Beijos, Ana

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