Dou um beijo na testa dela e apenas sorrio. Depois sigo em frente.
Todas aquelas palavras e histórias e reclamações vão ficando pra trás. Já não tenho motivos pra fingir interesses.
Ela também (agora) parece não querer nada. Mas, como um objeto jogado aos prazeres do mar, um dia a lembrança será mais forte e o fará voltar.
As águas desta vez a trouxeram num ponto onde minha vista consegue enxergar, muito distante. Minutos depois aquela visão sumiu, deixando tantos rastros quanto o beijo, vindo da sempre distante e amarga boca, que nunca tive.
Restos de um pequeno barco revelam minha trajetória de vida: remei com força, mesmo em momentos de tempestade. Quando avistei rochas, já era tarde. Acabei desacordado, em ilha remota.
Chove agora.
terça-feira, junho 23
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ola. me chamo leandro. sou novo nessa arte de blog. adoro indagações e navegando por ai achei o seu blog interessante. eu gosto de história, filosofia e cultura em geral. desculpa a invasão. se quiser pode me seguir. adoro trocar idéias! abraços!
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