segunda-feira, junho 8

Preguiça de viver

Outro dia, outra tarde passando bonita aos nossos míopes olhos, através da brutal realidade.

As risadas desconexas parecem mais gostosas e sinceras que o pôr-do-sol, lindo pôr-do-sol.

Tão presente e por tanto tempo irrelevante. Pensemos melhor.

O verde do vale pode continuar lá, parado, pra sempre.

Cabe a nós explorá-lo enquanto o tempo nos permite a tarefa louca de viver humano.

Rezar ou chorar, não sei o que deveríamos. Aproveitar? Ainda não aproveitamos nada.

Já faz aquele frio gostoso de outono e a falta de luz natural me chama pra casa, pro aconchego.

A mente não quer largar o frio. Ou a cidade la fora, ou o verde, ou o vale, ou a menina não te esperando com um sorriso no rosto, ou ele feliz. Não quer.

Quero um cigarro. Cigarro este pra comemorar o mais novo câncer do mundo: eu,
você

E todos nós, juntos.

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