quinta-feira, junho 4

dia-dia

Seis horas com sono, cansado já, despertador: barulho, barulho (chato), óculos ali em cima, água fria. Por que tão cedo? Café, pílulas (várias), banheiro água fria roupa material. Elevador.
Elevador. Portão transporte, sentei (e dia nem é ainda), gente entrando mais gente. Silêncio, silêncio. Clareou, esquentou, lotou. Escola na paisagem.
Saímos todos, caras feias, su-bi-mos, andamos andamos, su-bi-mos novamente. Ar, onde está? Falta...

Pronto, melhor. Mochila carteira meu lugar marcado. Aula, aula, aula, aula, aula, aula. Pessoas pelo pátio passeando e passando, procurando por pessoas.
Olha, ali em embaixo: um feliz, risadinhas com o amigo, garotinhas belas & burras passam ao lado. Garoto de óculos no canto, ruminando. Vai matar a todos (!).
“Quantos minutos?” “Poucos, já vai acabar.” “TRIIIIIIIIIIIIIIMMMMMMMM.” “Acabou” “ainda não...”.
E nós, como dois sobreviventes de batalhas, no exato momento que se segue ao último tiro disparado, des-ce-mos as es-ca-das. Outras tantas histórias pareciam ir conosco, descendo aqueles gélidos e sujos degraus, mau cuidados pelo tempo e por nós mesmos. Mortos ali? Nenhum, mas se a visão fosse perfeita... Histórias e mais histórias infindáveis pra se contar!

Professores – nossos mestres -, apostilas – nossas bíblias – e seguiu o tempo finito da morte vivida diariamente.
“TRIIIIIMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM” – “Finalmente”

Um comentário:

  1. A rotina realmente causa essa angústia.
    Eu não sei realmente qual dos dois lados é pior: do estudante ou do professor. Ambos estão sob uma pressão federal, e uma angústia por ver seus esforços recompensados.
    E, infelizmente, nem sempre o resultado costuma ser animador...

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